terça-feira, 9 de março de 2010

Quero uma cartola mágica, que funcione bem para enfiar nela meu coração delirante e retirar uma engrenagem melhor. Quero esconder na manga, na bolsa, nessa cartola encantada minha alma falida, a asa quebrada, tanta contradição. Prefiro um objeto mais útil: calculadora de emoção, maquininha de escrever, relógio de sonho preso num lugar. Umas peças enfiadas no peito: só o essencial para que a cara não desabe de todo no chão.
(Lya Luft)